17 junho 2009

Padre nega comunhão a deficiente

Espanha: Com síndrome de Down

Um padre negou a primeira comunhão a uma menina de Barcelona alegando que a menor, com síndrome de Down, é "um anjo de Deus" logo, não peca, e portanto não necessita do sacramento divino. Os pais da menor contestam o sacerdote e acusam-no de discriminação.
Tudo começou há três anos, quando a mãe, Lídia, levou a filha Carla e o seu irmão gémeo à Igreja de Sant Martí para começarem a frequentar a catequese. O pároco Josep Lluís Moles recusou a criança porque esta "teria de amadurecer" e poderia "prejudicar o desenvolvimento da catequização".
Os pais aceitaram a decisão. Um ano mais tarde, levaram novamente Carla para a catequese. Desta feita o padre decidiu fazer depender a primeira comunhão da capacidade da criança: se aprendesse o Pai Nosso em sete meses dar-lhe-ia a primeira comunhão. Só que, meses depois, mudou de ideias, e, quando a mãe foi confirmar a data da cerimónia, referiu que "não era necessário" que a criança comungasse, porque ao "ser um anjo de Deus não é uma pecadora".
Como o irmão gémeo queria fazer a primeira comunhão na mesma igreja que a irmã, a mãe procurou outro sítio em que a filha pudesse comungar. Mas, segundo ela, o sacerdote garantiu-lhe que interferiria para impedir o acto.
A família encontrou por fim uma igreja em Badalona disposta a dar a primeira comunhão aos dois irmãos gémeos. A cerimónia acontece hoje.
In Correio da Manhã

Como catequistas, como nos posicionamos?

3 comentários:

casimirosilva disse...

Há aqui e desde logo um compromisso assumido pelo pároco responsável pela paróquia desta menina que não foi assumido. Apesar de a menina e a sua família se terem empenhado em fazer o que lhe foi pedido. A questão é grave, por isso, pela falta de palavra e o pelo de não honrar compromissos. Por outro lado, a argumentação de que, por ser deficiente, a menina já estava salva, porque é “um anjo de Deus”, não faz sentido rigorosamente nenhum. Sob o ponto de vista da participação na catequese, a exclusão pura e simples implica admitir, desde logo, que no reino de Deus há diferenças. Mas essa foi sempre uma pergunta (quem é o maior no reino de meu pai?) que os homens gostaram de não responder. Ou de adiara a sua resposta. Mesmo que ela tenha sido dada: “aquele que não se tornar como esta criança…”

Luís Miguel FIGUEIREDO RODRIGUES disse...

Eh Eh!
De facto há realizades que parecem de outra galáxia!

abç

LM

Maria José Lima disse...

No ano passado fui confrontada com essa realidade, duas crianças com o Sindrome de Down no meu 1ºano de catequese.Que fazer? Como fazer? E agora, catequista nem tem formação de ensino especial...Hoje no 2º ano a minha fé cresceu com eles.Um é um "diabinho" o outro um "anjinho" ,juntos com todos os "diabinhos e "anjinhos" que caminham juntos cada um a seu ritmo rumo a um Jesus acolhe todos da mesma forma.