15 novembro 2005

Para que acreditem...

A Agenda CATEQUISTAS publica nas últimas páginas uma grelha de leitura do documento dos Bispos portugueses sobre a catequese: Para que acreditem e tenham vida. Está um texto interessante, que passo a transcrever.
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As pistas dos nossos bispos
No recente documento que os bispos portugueses lançaram sobre a catequese encontramos algumas pistas para que a catequese que fazemos ajude a formar melhores cristãos.

Uma formação orgânica e sistemática da fé
Queremos uma catequese que eduque ao todo da vida cristã. Que não se limite a «transmitir» meia dúzia de ideias à solta. Mas que ajude os catequizandos a experimentar a riqueza total do que é ser seguidor de Jesus Cristo.
Uma catequese que inicia a verdade da fé, a rezar confiantes ao Pai, a celebrar os sacramentos com autenticidade, a agir amando e perdoando como Jesus de Nazaré.

Um caminho de conversão ao Deus vivo
Num mundo plural como este em que vivemos, ser cristão passa por assumir um estilo de vida inspirado nas propostas de Jesus Cristo. E isso implica ir contra muitas das correntes dominantes na nossa sociedade. Implica também um empenho de transformação interior.

Um caminho por etapas
O caminho para ser um cristão adulto é longo e pede etapas. Estas etapas são capacidades e competências novas que os catequizandos adquirem. E cada etapa deve ser assinalada, festivamente.

Catequese e liturgia de braço dado
A catequese inicia os catequizandos a rezar em Igreja. Através de um «faça você mesmo» os catequizandos vão descobrindo os espaços, os gestos, os comportamentos, as atitudes, os símbolos e os ritos com que os cristãos oram. E vão descobrindo a ponte que liga a vida, a fé e a oração.

Uma catequese fortemente ligada à comunidade
A comunidade sente a catequese como uma tarefa semelhante a educar/criar os seus novos filhos. Por outro lado, a catequese sente como sua tarefa ajudar os catequizandos a sentirem-se parte viva e activa da comunidade.
A comunidade é um recurso importante para a catequese. É nela que os catequizandos podem verificar como o Evangelho «funciona». As propostas de Jesus não são apenas um «sonho» antigo. São realidade palpável na comunidade como um todo e no testemunho empenhado dos irmãos e irmãs.

Uma catequese que transforma o mundo
A catequese não quer formar cristãos que se limitem a «saber» umas coisas da fé e que celebrem a liturgia. Forma cristãos empenhados em levar a esperança ao mundo.
Cristãos capazes de amar a Deus e aos irmãos. Cristãos que querem partilhar a sua esperança e o seu amor com cada pessoa com quem se cruzarem na sua escola ou nos seus tempos livres.
A catequese é uma actividade vital para toda a Igreja. Mas há responsabilidades diferentes de acordo com os diferentes ministérios. Os nossos bispos fazem uma breve descrição dos responsáveis pela catequese e das suas tarefas.

Os pastores
- Garantem porque a catequese seja realmente prioritária nas suas comunidades.
- Ser prioritário significa receber os melhores recursos (espaços, tempos, pessoas capazes);
- Apelam ao empenhamento de todos;
- Cuidam a ligação entre catequese, sacramentos e liturgia;
- Cultivam, na sua formação inicial e permanente, um saber catequético;
- Fazem uma boa escolha dos catequistas e ajudam-nos a crescer como crentes e como educadores da fé.

A família
- Com um ambiente de amor, ternura e afecto ajuda ao despertar da fé fazendo saborear o amor e a ternura de Deus pelos seus filhos e filhas;
- Assume-se como principal responsável pela educação à fé dos filhos;
- Colabora com as propostas da paróquia;
- Empenha-se em melhorar a qualidade de educação de fé que dá aos filhos;
- Participa com entusiasmo nas acções de formação propostas;
-Aproveita os desafios lançados pela catequese para se converter e dar mais qualidade à vida em família para ser verdadeira comunidade de amor.

Os catequistas
- Mais do que professores de informação religiosa, sentem-se como pessoas que experimentaram a maravilha que é sentir-se amado e transformado pela Palavra e pela Pessoa de Jesus de Nazaré,
- E testemunham essa experiência com as suas vidas, com o empenho de conversão e com os recursos pedagógicos de que dispõem;
- Ajudam e acompanham os catequizandos na descoberta da oração e celebração cristãs, do comportamento cristão e das razões na nossa esperança.

A comunidade como vida
- Numa sociedade marcada pelo isolamento e pelo individualismo a comunidade marca a diferença;
- Mostra ao catequizando o que é o serviço, a disponibilidade e o perdão;
- Oferece espaço de participação onde cada um pode desenvolver os seus dons;
- Com humildade, mostra como a Palavra de Jesus pode ser posta em prática.
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2 comentários:

José Avlis disse...

Caríssimo LM
Ainda bem que regressaste, pois já estava naturalmente um tanto preocupado com o teu relativo silêncio (à semelhança da catequista Marta), ou com a tua demorada ausência, para além das férias, claro.
Como vai então o teu ministério de Catequese?
Deus queira que pelo melhor, e se eu puder ajudar em alguma coisinha, é só dizeres, embora seja tão ignorante e pecador.
Enfim, que Deus seja complacente e misericordioso com todos nós, que tanto precisamos, e eu mais que ninguém.
Aceita um abraço, em Jesus e Maria
JM

P.S.:
* Quando me fazes uma visitinha?
* Por acaso sabes alguma coisa da nossa irmã Marta, catequista de Braga, do blogue 'Catequizo, logo existo'?

PDivulg disse...

De todos os pontos, se calhar o que mais falha é o das famílias...